Reta final para Zegama Aizkorri
Falar de Zegama-Aizkorri é falar de cultura e tradição, tradição para as montanhas, as corridas e acima de tudo para o espírito que envolve todos os fãs que viajam para lá ano após ano para reviver o grande festival de corridas de montanha. O “Zegama” retorna este ano no dia 26 de maio, e nesse dia, as pistas do Sanctí Spiritu, mais uma vez abraçarão com o calor de seus fãs o grande elenco de corredores de alto nível que se enfrentarão por lá.
A maratona de montanha mais importante do mundo
Diz a lenda que há uma aldeia em Guipúzcoa que só pode ser alcançada abaixando a cabeça, pois é acessada através de uma caverna nas entranhas da montanha. A aldeia se chama Zegama e seu nome ressoa em todo o planeta uma vez por ano, quando seu povo organiza o que muitos consideram a maratona de montanha mais emblemática do mundo: a Zegama-Aizkorri.
Kilian, Merillas, Magnini, Elhoussine, Simpson, alguém dá mais?
Mais um ano de batalha pela txapela é esperado, também com o regresso de Jornet que quer continuar a somar vitórias na prova basca. Mas há muito mais candidatos ao tão esperado triunfo nesta nova edição.
Manuel Merillas, que conquistou o título do campeonato no ano passado, numa dura batalha com Elhoussine Elazzaoui, optou nas fases finais das corridas pelos leoneses. Neste ano, novamente, ambos vão brigar pelo primeiro lugar na praça Zegama.
Kilian Jornet, quer a sua 11ª txapela e como sempre, vai com tudo nesta pista que lhe deu tanta alegria, falar de Zegama é falar de Jornet, o seu último triunfo e atual recorde da prova foi em 2022, estamos a falar de 3:36:40. Se o piloto da Nnormal tiver incluído esta corrida no calendário, haverá um bom espetáculo. Já vimos o que ele foi capaz de fazer em seu treinamento, 2:57 para 42 quilômetros e 2000 metros positivos. Detalhamos isso neste artigo.
Davide Magnini, nas suas últimas participações, obteve duas ‘pratas’, sendo o rival a bater nelas, protagonizando uma disputa acirrada com Jornet em 2022, que impulsionou o atleta catalão a bater o recorde da prova. Não sabemos muito sobre ele nos últimos meses e pode ser uma grande incógnita.
Robbie Simpson, um dos principais nomes da próxima edição, será o atleta inglês. Um corredor rápido, que já vimos se destacar em muitas competições de alto nível, como OCC, Sierre Zinal e seu recente triunfo no Chianti Ultra Trail 50k.
Robert Pkemoi, uma das grandes revelações no mundo da corrida de montanha, o queniano que melhor se adaptou à dureza e desnível até hoje. Este ano já tem a vitória na maratona Transgrancanária, onde somou também a segunda vitória consecutiva.
Muitos nomes a nível nacional; Dimas Pereira, Abel Carretero, Pere Rullán, Raúl Ortíz, Raúl Criado, entre muitos outros.
Sara Alonso, Defensora, Allie Mclaughlin e Malen Osa
Muita qualidade na prova feminina deste ano, nomes que podem até surpreender e conquistar um pódio ou a tão esperada txapela. Entre eles também, nomes habituais, corredores “incansáveis” que fim de semana dentro e dia não, vemos em uma infinidade de corridas, não querem perder “sua Zegama”.
Vamos começar destacando as grandes baixas na prova, como a suíça, Maude Mathys e a americana Sophia Laukli, esta última não encadeia uma boa sequência com lesões, desta vez com desconforto no joelho, consequências de esportes “flexores”, como é o caso dela com o esqui cross-country no inverno. Também não teremos a presença da chinesa, Miao Yao, nem da vencedora da última parada do Ouro na China, a queniana, Joyce Mutoni Njeru.
A terceira parada da Golden Trail World Series para em Zegama. A batalha é épica, com muitos nomes que podem causar surpresa.
Entre as mais destacadas, temos Sara Alonso, que já sabe o que é subir ao pódio na prova basca, chega com entusiasmo e com o trabalho prévio feito, para que possa ser uma fiel candidata à txapela. Ele terá a companhia de Caitlin Fielder, que mais uma vez tentará subir ao pódio, assim como fez no ano passado.
Daniela Oemus, apesar de ter vencido o Zegama no ano passado, ainda não é uma grande conhecida por muitos dos fãs, esta alemã, move-se muito bem em terrenos complicados, se mais uma vez, é um dia chuvoso e lamacento, tenha muito cuidado com ela. E se falamos de pilotos que adoram terrenos lamacentos e dias frios, temos que falar da norueguesa Sylvia Nordskar, que com sua corrida elegante e técnica, pode tornar as coisas muito complicadas em Zegama.
Daniela Moreno, destaque especial para esta velocista, que se estreia na prova basca. Não sabemos como esse perfil pode ser para a corredora americana, mas, sem dúvida, devemos levar em conta seu estilo rápido e refinado de correr.
Outra que também não podemos esquecer, é a americana, Allie Mclaughlin, rápida e se movimenta muito bem na técnica, destacamos que ela é uma das poucas meninas que vimos “impressionar” na prova, como fez no OCC em 2022, perdendo a prova sozinha, por não saber como regulamentar.
São mais corredoras a nível internacional; Elisa Desco (Scarpa), Esther Eustache (Brooks), Janina Weber, Kalie Mccrystal e Rachel Tomajczyk.