Hardrock 100 tem quebra de recorde com Ludovic Pommeret e mais uma vitória de Courtney Dauwalter
Ludovic Pommeret é um daqueles corredores que entrarão para a história do trail running com menos glória do que merecem. É desvalorizado. Muito. Nascido na França em 1975, Ludo – como é carinhosamente conhecido – saiu do anonimato da noite para o dia após vencer a icônica Ultra-Trail du Mont Blanc em 2016. Ninguém esperava. Talvez nem ele. Porque até então o seu registo desportivo se limitava a um par de bons resultados na Diagonale des Fous.
Patrocinado pela Hoka e já referência europeia em ultratrail, Ludovic Pommeret viveu seus melhores anos como corredor após os 40 anos. Foi ao Campeonato do Mundo de Penyagolosa Trail Running de 2018 com a Seleção Francesa (foi quinto), venceu finalmente a Diagonale des Fous Africana e sagrou-se novamente campeão em 2022, em Chamonix, desta vez nos 145km TDS.
É um corredor talentoso, inteligente e versátil. E aos 48 anos, conseguiu reinar neste fim de semana no icônico Hardrock 100 americano. Mas não foi apenas mais uma vitória. Seu tempo, 21 horas e 33 minutos, serviu para roubar o recorde do circuito do próprio Kilian Jornet. Vamos lá, um “marciano”. Três minutos que valem o seu peso na glória.
O feito de Ludovic Pommeret é de tal calibre que ele até conseguiu o que poucos homens têm até hoje: dividir os holofotes com a reverenciada Courtney Dauwalter. No feminino, a americana conquistou sua terceira vitória consecutiva no Colorado. Mais uma exposição para parar o relógio em 26 horas e 11 minutos, melhorando o seu próprio registro e tornando o impossível uma coisa quotidiana. Vai do recital ao recital. Os números já não oferecem espaço para debate: ela é a melhor ultra-trail runner da história. Ele venceu 25 das 27 corridas que disputou.
Camille Bruyas em sua estreia no Hard Rock 100, assina um 2º lugar, o tempo gasto foi de 29 horas, 28 minutos e 11 segundos. A alemã Katharina Hartmuth foi a terceira, com 30 horas, 29 minutos e 12 segundos.